Fumaça.Vela derretida.Fome. Brasa entre minhas pernas.Fome que faz doer, fome de dois sons entre duas gargantas. A lua se derrete, o tempo se derrete, meus líquidos, ácidos ávidos, libertam-se dentro de mim. Vela e lua, claridade fugaz. Deixei o portão aberto. Meu corpo descoberto. Sou teu alvo, traz tua flecha. Mas não aquela dos cupidos, … Continue lendo Noite crua
Coisa de poeta
Um café pra acordarUm beijo pra acalmarUma lâmina pra afiarUma rima pra respirarMeus pés na terra do quintalMinha voz na garganta quietaMeu desejo era sexualNão é coisa de poetaVivo preso à janelaOlho a rua e seus mendigosAlguém bate à minha portaÉ sempre isso que imaginoA rima se perdeuNão é coisa de poeta
Ávido plácido
Um poema atemporal ultrapassa o tempo Meu sonho por ti são rimas de fragmentos Conheço o que me traz cólera ou alento Caminho entre o ópio e o tormento No meu epitáfio quero a palavra desamor No palácio do teu corpo vi outras sementes Quantas pontadas de fé moveram minha dor Tantas lamúrias por ti … Continue lendo Ávido plácido
Amar-te
27 de janeiro de 1990 Meu desejo é amar-te todas as manhãs, porque assim o mundo acorda mais bonito.Meu desejo é amar-te todas as tardes, porque assim o mundo vive mais bonito.Meu desejo é amar-te todas as noites, porque assim o mundo dorme mais bonito.